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2017, amor, pessoal, texto

Onde Nos Perdemos?

April 1, 2017 by Tany No Comments

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Sabe, até hoje eu não entendo… Não entendo o que aconteceu comigo, com você e conosco. Não entendo como chegamos ao ponto que chegamos e onde nos perdemos, e como você disse, se a gente saiu dos trilhos ou só pegou um caminho errado. Provavelmente não teremos a resposta disso tão cedo. Quando nos separamos, eu fiquei sem chão, continuo sem chão, mas não consegui ver meu futuro porque parecia que todos os sonhos que tínhamos construído juntas para ele foram destruídos. Atualmente sinto como se estivesse cega sem saber para onde vou, sem saber o que fazer ou como me sentir. Questionei tanto várias coisas que você me disse, me arrependi de várias atitudes minhas, suas, nossas, e constantemente me pego olhando para trás e refazendo nossos últimos passos para ver se acho algo ou onde nos perdemos. Eu não sei o que foi, ou onde foi, mas eu sei que perdi algo: você.

Me atrevo a falar que sabia que te amava muito, mas te perder me fez ver que meu amor é muito maior do que eu mesma imaginei. Mal cabe ao meu corpo, que as palavras não conseguem expressar (e por isso esse texto assim como os outros ficam sem sentido), que não adianta o quanto eu pense, escreva, fale ainda é muito maior do que isso. A cada momento que respiro noto que você está ali, dentro de mim, e esse amor – que achei ser infinito – consome cada parte do meu corpo e dos meus dias. Amor é uma droga, né? Literalmente. Não tem nada que possa te deixar melhor ou te inspirar quando você acha alguém que te ama e você ama de volta. Tudo parece possível, e a gente sempre sente que pode conquistar o mundo. Talvez eu possa, talvez você possa, talvez quem esteja lendo esse texto possa, mas não vai ser com ninguém além de nós mesmos.

Sem você eu me encontro, mas não sozinha porque depois de tanto sofrer, vejo que tenho a mim. Por meses isso não foi suficiente, já que o suficiente e o correto parecia ser nós, mas será. Eu me bastei por anos e décadas, posso me bastar novamente. Sempre vou levar um pedaço de você comigo, como levo pedaços das poucas pessoas que amei, e espero que você me leve também. No seu passado, no seu coração e nas suas memórias. Elas foram lindas, assim como você é. Assim como nós éramos. Assim como nós somos. Juntas ou separadas.

Eu sempre vou te amar e espero que você sempre me ame também.

Imagem: Maud Chalard

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2017, consumismo, cotidiano, housewife

Quando Você Aprende a Amar Sua Casa

March 18, 2017 by Tany 10 Comments

House - Martin Canova

Quando era mais nova, muito mais nova, com uns quinze ou dezesseis anos sempre que brigava com a minha mãe eu sonhava em como seria morar sozinha. “Não vejo a hora de sair desse inferno“, pensava enquanto as lágrimas caiam no travesseiro. Ficava imaginando em que situação sairia da casa dos meus pais, onde iria morar, como seria, que bairro, com quantos anos, se já teria uma namorada (na época, achava que podia ser um namorado) e que vida iria levar. Idealizava tudo achando que aos 25 estaria rica e moraria em algum lugar super maravilhoso.

A realidade foi batendo e parei de imaginar as coisas com tantos detalhes, sonhar tanto e comecei a só pensar no futuro sem colocar esses planos como algo de imediato até porque, eventualmente, a relação com a minha mãe foi melhorando e comecei gostar da minha casa. Adorava onde morava, meu quarto com cara de quinze anos — mesmo já na casa dos vinte —  e toda a rotina que levava além de não precisar gastar dinheiro pra nada além do meu lazer. Quando mudei para São Paulo, e realmente morei sozinha pela primeira vez, minha vida era uma bagunça. Eu mal ficava em casa porque trabalhava demais e sempre estava fora, também não me sentia confortável e passei séculos só comendo na rua, sem nem ligar o fogão ou pegar uma água na geladeira. Meu quarto consistia em uma cama de casal, criado mudo, e o guarda-roupa embutido que já veio com o apartamento. Passei mais de um ano sem nem uma cortina e olha que a luz vinha direto na minha cara todo santo dia. Eu meio que odiava morar “sozinha”, não sei se é porque não considerava esse espaço minha casa ou só não ligava muito pra ele, mas ano se passou e parecia que o quarto não era habitado por alguém especial. Ele não tinha minha cara. Na verdade, ele não tinha uma cara.

Conforme os meses foram se passando a minha rotina mudou, adotei a Elena, troquei de trabalho, minha pós já não era tão presencial, cansei de dar rolês aleatórios e comecei a passar mais tempo em casa. Inicialmente, comecei a passar mais tempo só no meu quarto, mas logo isso se estendeu. Quando você passa mais tempo em um local é natural que você queira cuidar melhor dele. Tipo aquelas louças na pia que não te incomodam nos dias que você chega em casa só para tomar banho e dormir, mas no sábado ou domingo que você está em casa acabam sendo lavadas no meio da tarde porque de tanto você ir na cozinha elas começam a te incomodando. O tempo foi passando e desenvolvi um amor e carinho pelo local, e comprei uma cômoda, depois um espelho, ventilador, mesa de trabalho, dois quadros, almofadas, e meu quarto, agora com a minha cara, surgiu e logo depois começaram os meus planos para toda casa. Comecei a ter amor por lavar roupa (e até ter um dia específico para isso!), voltei a cozinhar, comprei formas e pratos diferentes e nesse sábado amanhã chega meu fogão novo. Ando ansiosa igual as criança esperando a manhã de Natal. Por ser meu primeiro fogão decente pesquisei em vários sites e escolhi um com timer, grill e tudo que tem direito para iniciar uma fase nova na minha vida. Como o apartamento é alugado não posso pensar em reformas absurdas, mas logo quero comprar uma geladeira, trocar as cadeiras da mesa de jantar, estantes, fazer uma hortinha vertical e plantinhas pra deixar do lado da rede, onde tenho duas mas que ainda não sei cuidar muito bem.

Foi aí que descobri: adulto não gosta de gastar dinheiro em balada, adulto gosta é de geladeira nova e umas prantinhas na varanda.
Aprendi que o nosso cantinho no mundo não se acha, se constrói, e aos poucos o meu vai ficando a minha cara.

Imagem: Martin Canova

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2017, cotidiano

Devagar e Sempre

February 21, 2017 by Tany 4 Comments

lukasz-wierzbowski

Ando em um momento da minha vida que tudo que quero se contradiz. Ano passado, minha vida estava uma bagunça. Emocionalmente foi um ano cansativo, profissionalmente foi um ano bom, mas que poderia ter sido melhor porém, não de todo mal. Me fez descobrir o que quero para esse ano e todo o resto da minha vida, que há uns dois/três anos, anda fora de controle.

Quando o ano passado terminou percebi que estava cansada, mas cansada mesmo. Não só cansada do ano, mas de muita coisa na minha vida e percebi que outras metas e prioridades do início do ano foram embora. Atualmente, quero levar minha vida com o máximo de paz possível. Quero fazer da minha casa mais ainda o meu cantinho, principalmente por começar a passar muito mais tempo nela agora, quero cuidar mais de mim tanto fisicamente como mentalmente, quero focar totalmente no meu lado profissional ao mesmo tempo que quero viver e experienciar coisas novas. Quero viajar, mas quero juntar dinheiro. Quero trabalhar muito, mas quero ter tempo livre para os meus hobbies, amigos, para poder me inspirar e relaxar. Complicado né? Não dá pra ter tudo e isso todo mundo sabe. Não dá para levar uma vida plena, super balanceada, bonita e que realizada para todos os lados porque isso só existe no Pinterest, e tudo bem.

Aprendi que não tem como você ter tudo da sua vida no seu controle, e que sempre algo vai te dar uma rasteira e te fazer cair, mas você tem que estar preparado para lidar. Sigo no segundo mês do ano continuando a tentar achar meu equilíbrio, ainda em duvidas de como dar sentido para algumas coisas que eu quero muito – como guardar o máximo de dinheiro possível -, com muitas e muitas meta, mas realizada cada vez que risco algo da lista. Me vi levando uma vida mais calma em que cada detalhe é uma vitória, mesmo sendo pequena – ir na nutricionista começar a reeducação alimentar! comprar fogão novo! colaborar com sites! meu curso no MIS! – ou que só são significantes para mim.

Espero que as coisas continuem fluindo, mesmo que algumas acabem dando errado no meio do caminho, porque eu que sempre fui ansiosa, imediatista, estressada finalmente descobri como levar a (minha) vida mais saudável: devagar e sempre.

Imagem: Lukasz Wierzbowski

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2017, blog, pensamentos

O que foi e o que ele será

January 23, 2017 by Tany 8 Comments

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Essa virada de ano me peguei pensando no que muitas coisas significam pra mim. O meu emprego, meus sonhos, as pessoas que me cercam até locais que deposito pouco tempo, mas estão presentes na minha vida, e com isso pensei nesse blog. Pensei o que gostaria que ele se tornasse, o que ele foi, e o que ainda espero dele. Comecei a blogar quando tinha uns 12 anos, na época do weblogger que você comprava layouts ou aprendia a fazê-los e falava sobre a escola e seus problemas de pré adolescente. O nosso blog era nosso diário e um local de fazer amizades que passavam pela mesmo coisa que você em outro lugar e que você talvez nunca fosse conhecer de outro jeito. Desisti dele como qualquer pessoa desiste de tudo nessas fases de mudança, passei pela fase que todos os blogs eram uma possível forma de ganhar dinheiro, de que todos os blogs pessoais morreram e ficaram só os blogs falando sobre tudo menos sobre algo que a gente poderia entender ou associar.

Hoje em dia, acho que a febre passou, né? Quem queria blogar pela vontade de ganhar dinheiro já se mudou pro instagram, quem queria fazer um blog crescer, provavelmente, já o fez e voltaram os blogs pequenos, os blogs que formam uma família e que os comentários são pra aquecer o coração e é isso que me fez voltar pra ele, me fez ter uma meta pra 2017 que é voltar a usá-lo com frequência. É muito difícil administrar a vida no geral, as redes sociais, a saúde mental, os sonhos, e ainda um blog. Ele sempre fica como o último lugar que deposito a minha energia diária, mas vou tentar mudar isso. Vou tentar lembrar a mim mesma que tô falando pra mim, e fazer dele, novamente, um diário. Compartilhar meus pensamentos, meu dia a dia, meus sonhos, problemas, tudo que me sentir confortável pra ter um registro por aí. Uma lembracinha do que vivi e do que planejei/planejo viver. Deixar um pontinho meu no mundo que não esteja armazenado em uma gaveta de pensamentos e sonhos, mas compartilhado na internet e quem sabe com algumas pessoas, com vocês.

Imagem: Tina Sosna

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2016, cotidiano

Foi tarde, vem logo

December 21, 2016 by Tany 2 Comments

road

O ano está acabando e com isso só consigo dizer: vai tarde. Vai muito tarde.

Se tem uma coisa que é comum nessa época é a reclamação de que o ano que passou foi difícil, cansativo, cheio de perdas, frustrações e que esperamos que o próximo seja melhor. Sem exceção, desde que me lembro consigo ver as mesmas lamentações online, mas acho que depois do que vivemos nada vai se comparar, ou pelo menos espero. 2016 foi um caso especial de que todo mundo se fodeu. Todo mundo. Não existe uma pessoa seja que não tenha tido uma perda absurda. Além do que perdemos como país, como estado, cidade ou como mundo nós enfrentamos momentos muito ruins na vida pessoal. Me atrevo a englobar a todos porque acho que esse é o exemplo perfeito de que estamos juntos, inclusive na merda. Nós perdemos tantas pessoas, tantas coisas, inclusive que tínhamos conquistado. Parece que voltamos umas dez casas para trás e não faço ideia de quando vamos chegar onde estávamos novamente. Foi o pior ano desse mundo? Felizmente, não, mas acredito que seja um deles.

Emocionalmente meu ano foi extremamente pesado. Parece que quando estava ficando na calmaria vinha uma tempestade e tudo virava um caos novamente e eu não sabia o que fazer. Acabo esse ano esgotada, porém vendo uma luz no fim do túnel que apesar dos pesares saio feliz, com muita lição e com uma esperança de que ano que vem vai ser bem melhor. Psicologicamente, não faço ideia de onde estou agora. Profissionalmente acho que avancei um pouco, cresci, mas chamo esse ano como ano de transição/formação, sabe? Um ano que decidi e concentrei que vou atingir novos objetivos e quais são eles, então comecei, aos poucos, os preparos pra isso. Apesar de parecer esperançoso ainda acho que grande parte disso só aconteceu porque tanta desgraçada estava acontecendo junto. Foi o pior ano da minha vida? Felizmente, não.

Não faço ideia de onde estamos ou onde estou agora. Ainda sinto que estou tentando me encontrar, como grande parte das pessoas, mas tento me manter otimista de que a tendência é melhorar. Que aos poucos as coisas voltem a funcionar, ir pra frente e que tudo que tenha sido perdido possa ser conquistado de novo. Todos nós perdemos muita coisa, eu perdi muita coisa, mas nunca perdi a esperança.

P.S.: Estou cogitando fazer uma lista com os melhores do ano em algumas categorias como livros, séries, filmes, podcasts e etc. Acredito que ela só sairá ano que vem porque viajo no final de semana, mas caso vocês façam o mesmo, coloquem o link da de vocês aqui.

Feliz Natal e Feliz Ano Novo. <3

Imagem: Théo Gosselin

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SOBRE

Tany – libriana, arquiteta, descobrindo e morando em São Paulo. Viciada em viajar, cultura pop, filmes, séries, livros, jogos e o que mais você colocar na frente. Tenta consumir tudo ao mesmo tempo mas sabe que nunca vai conseguir. Não sabe o que é dormir, mas sabe o que é sonhar.

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